27 de fevereiro de 2010

Lançamento do Livro

Agora é OFICIAL!!!

No dia 13 de março as 20:00 hs, pela infinita bondade de Deus, estaremos fazendo o lançamento de nosso primeiro livro: "Memórias Póstumas dos Protestantes".

Você é o nosso convidado especial!

Endereço: Assembléia de Deus - bairro São Tomás
Rua Santo Anônio - 303 - BH / MG

Sumário do Livro:

Introdução
Protestantismo – Um Pouco de História
Um Antagonismo ao Cristianismo Moderno
Pastores ou Domadores de Ovelhas?
Pastorcentrismo
O “Evangelho” do Qual me Envergonho
Uma “Igreja” Chamada Alpendre de Betesda
Valores Amorais
Não Venda a Primogenitura!
Bondades por Conveniência
Acabaram-se os Espelhos?
Os Sucessores dos Profetas de Baal
Contos de Pescador ou Contos de Pregador?
Se eu Fosse Mudo...
A Parábola da Quebra de Contrato
Réus em um Tribunal sem Júri
Se eu não Posso Expulsá-los, eu me Expulso
Minha Carta de Alforria
É Tempo de Transgredir!
Referências Biográficas
Sobre os Autores

Você já pode adquirir o livro pela internet - CLIQUE AQUI

Confira as fotos do pré-lançamento:









12 de fevereiro de 2010

Filhos – Ter ou não ter?


Amados, há algum tempo atrás, recebi um e-mail de uma jovem, contendo a seguinte pergunta:

Bom gostaria de saber da sua opinião, tenho 27 anos e sou casada a 3 anos e não tenho a menor vontade de ser mãe, nem no momento nem futuramente. Sinto-me mal quando alguma amiga me diz que seu sonho é ser mãe. Eu não tenho esse sonho. Gostaria de saber se somos mesmo "obrigados" a colocar uma criança no mundo?

Obrigada, e que Deus possa te abençoar a cada dia mais e mais.


Para dar esta resposta, usarei um pseudônimo.

Prezada, ‘Maria’.
Graça e Paz!

Primeiramente, quero pedir desculpas pela demora em conceder minha resposta; tenho andado bastante ocupado nestes últimos meses, entretanto, hoje, reservei um tempo para elaborar sua resposta.

Quanto a sua pergunta, a resposta é NÃO, ou seja, ninguém, neste presente século, pode ser obrigado a colocar uma criança no mundo; isto é coisa do passado, quando, por exemplo, um rei para manter a descendência no trono, “obrigava” a mulher a gerar um filho.

Todavia, como a bíblia afirma: “... os filhos são herança do SENHOR...”. (Salmo 127:3), portanto, além de serem valiosíssimos, são oriundos do Senhor, e Ele, melhor do que ninguém sabe dar coisas boas a seus filhos. (Mateus 7:11)

No decorrer da história humana descrita nas narrativas bíblicas, percebemos várias mulheres sonhando, almejando e lutando por um filho, aliás, no inicio, não ter um filho era algo humilhante e vergonhoso, lembra-se do caso de Ana, mãe de Samuel, ela era tão humilhada que fazendo menção a Penina, a Bíblia afirma: “... E a sua competidora excessivamente a irritava para a embravecer...”. (1 SM 1:6) e o pior, por querer tanto um filho, Ana angustiou-se tanto que foi intitulada de embriagada (v.14). E o que dizer de Raquel, que ao sentir inveja de sua irmã, disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. (GN 30.1).

Quanto a você, não sei o que te leva a passar mal quando alguém diz que sonha em ser mãe, todavia, creio que você precisar dialogar muito sobre isto, principalmente com seu marido.

Apesar de não ser perito no assunto; quero enumerar algumas causas que levam uma mulher à não sonhar com filhos:

a) Questão estética – por terem um corpo escultural, algumas mulheres por mera vaidade abdicam-se da dádiva materna;

b) Questão financeira – o casal não têm ou julga não ter condições para criar e educar filhos;

c) Questão comportamental – a mulher julga não ter paciência para lidar com crianças;

d) Questão de formação familiar – a mulher, devido à falta de ‘modelos’ no passado, exemplo: pai ou mãe excessivamente agressivos ficaram traumatizadas com a maternidade.

e) Questão de saúde – problemas diversos que podem levar uma mulher à morte no momento ou pós-parto.

f) Etc, etc.

Particularmente, creio que a única questão aceitável além da saúde é a financeira, ou seja, se o casal não têm condições para ter filhos, não tenha, ou no máximo tenham apenas um.

Finalizando, quero enfatizar que você não pode decidir isto sozinha, pois, biblicamente, você e seu marido são uma só carne, portanto, deve haver além do dialogo, comum acordo entre ambos.

Abraços ao casal...

Meditem

A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. 1CO 7:4

Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. 1CO 7:34

9 de fevereiro de 2010

Não venda a primogenitura!



Obs. Texto extaído do livro: Memórias Póstumas dos Protestantes

E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. Hebreus 12:17

Ao se associar à história de Esaú com a história de inúmeros “líderes” evangélicos da atualidade, pode-se deduzir que, tais “líderes” tratam a “primogenitura” com o mesmo descaso com que Esaú tratou este direito no passado.

O relato de Gênesis mostra-nos que, por uma necessidade efêmera, Esaú trocou o direito à primogenitura por um guisado de lentilhas, demonstrando que, valorizava mais o momentâneo do que o vindouro e, apreciava mais o material do que o espiritual.

Esaú, talvez num ato impensado e precipitado, obteve a satisfação do que ele queria no momento, mas, infelizmente, perdeu aquilo que tanto almejou e tentou recuperar no futuro. Por um instante, ele obteve uma vantagem material temporã, mas jogou fora inúmeras vantagens materiais e espirituais vindouras.

Segundo a Bíblia, o direito de primogenitura, dava ao filho mais velho, o privilégio de herdar uma porção dobrada dos bens paternos, depois da morte destes; também dava o direito de exercer o sacerdócio sobre a família e, no caso de Esaú, por ser ele o primeiro neto de Abraão, a primogenitura ainda incluía o direito de ficar na genealogia direta do Messias. Mas, apesar de tantos direitos, a descrição de Gênesis 25:27-34, nos revela que Esaú não deu importância a estas coisas, e até ironizou: “... Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?”.

Esaú, após jurar tola e precipitadamente, trocou a sua primogenitura por um guisado de lentilhas. Certamente, naquele momento, ele se esqueceu de que, sendo o primogênito, bastava pedir para que alguém lhe preparasse algo para comer. Todavia, o mais triste, é o relato final que a bíblia deu a esse episódio: “... Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura”.

Infelizmente, este triste fato ocorrido há aproximadamente 3800 anos atrás, pode ser facilmente notado nas denominações evangélicas de nossos dias. Entretanto, antes de se fazer tal contextualização, é importantíssimo se estabelecer (de um modo alegórico) um paralelo entre, o significado atual do “guisado de lentilhas” e de primogenitura.

Hoje, tal como no passado, “guisado de lentilhas” fala das nossas necessidades e vontades do presente e, primogenitura fala de heranças e benefícios oriundos do futuro.

No sermão da montanha, o próprio Jesus citou algumas necessidades que temos no presente: – comida, bebida e vestimenta. Ele sabia que, todo o ser humano, possui estas necessidades e preocupa-se com elas. Porém, Ele foi categórico ao afirmar que, não precisamos andar inquietos, dizendo: “... Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas”. (Mateus 6:31,32)

Em suma, Jesus estava dizendo que não precisamos nos precipitar em adquirir a solução imediata para as nossas necessidades do presente, ou seja, o nosso “guisado de lentilhas”, pois, Deus sabe que necessitamos dele para sobreviver, contudo, cabe a Ele e não a nós, prover tal “guisado”. E no mais, a exemplo de Esaú, não precisamos trocar a nossa herança por nada, pois, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8:17), portanto, basta pedir e nosso pedido será atendido (Mateus 7:7).

Quanto a nossa “primogenitura”, a bíblia nos diz que, se somos de Cristo, somos herdeiros e, como herdeiros, temos direitos a certas regalias, a saber: 1) porção dobrada de bens (cem vezes tanto e herdará a vida eterna – Mateus 19:29). 2) Somos da genealogia de Cristo, pois pela promessa somos descendentes de Abraão (então somos da descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa – Gálatas 3:29). Teremos supremacia sobre os demais (Eu lhe darei poder sobre as nações – Ap 2:26). Comeremos da árvore da vida (Ap 2:7). Não sofreremos o dano da segunda morte (Ap
2:11). Comeremos do maná escondido, e receberemos uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito (Ap 2:17). Vestiremos vestes brancas, e de maneira nenhuma teremos o nosso nome riscado do livro da vida; e nosso nome será confessado diante de Deus e diante dos seus anjos. (Ap 3:5). Assentaremos no trono (Ap 3:21), etc.

Como se pode notar, a benção da primogenitura é um direito de todo cristão, mas, lamentavelmente, muitos crentes e, principalmente líderes eclesiásticos da pós-modernidade, estão vendendo o seu direito à primogenitura e como nos diz o escritor aos hebreus, estão se tornando fornicadores e profanos.

Particularmente, conheço alguns líderes que estão trocando a sua primogenitura por uma carteirinha de Convenção ou por uma credencial de diácono, presbítero, evangelista ou pastor. Estão vendendo a herança de Deus por coisas fúteis e efêmeras. Pelo medo de perder suas credenciais, suas agendas, seus “ofícios” e principalmente seus salários de “pastores”, estão trocando até mesmo o caráter cristão por um “guisado de lentilhas”.

Há alguns anos atrás, a venda de primogenitura por parte de um pastor, causou sérios estragos ao rebanho de Cristo. Segundo contam, este “líder” por já ter certa idade avançada, sujeitou-se a coisas tão baixas, simplesmente para não fazer parte da lista dos “desempregados”.

Aqui cabe uma indagação: – Por que um pastor, que durante décadas ensinou para o seu rebanho que, o justo vive da fé e, que ele não fica desamparado e nem a sua descendência mendiga o pão; vendeu sua herança por um simples salário e um simples titulo de pastor regional?

Como pode, um homem que se diz cristão perder sua dignidade, ter seu caráter colocado em xeque e quase perder sua família; ficar na inércia e não procurar seus
direitos legais, simplesmente para não perder seus benefícios como pastor de uma “grande” denominação?

Á semelhança de Esaú, este e muitos outros líderes estão desprezando o direito de primogenitura, ou seja, estão trocando a herança por um simples “guisado de
lentilhas”, esquecendo-se das palavras de Cristo: “... trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” (João 6:27).

Atualmente, existem inúmeros “líderes”, trocando a sua primogenitura por uma vida de promiscuidade e adultério e, infelizmente, tais pessoas estão convencendo centenas de pastores, presbíteros e dirigentes locais a também fazerem o mesmo, pois, a conivência também é pecado.

Quem troca a sua primogenitura por um “guisado de lentilhas” é tolo e não tem temor. (Salmos 111:10). Quem vende a sua herança está deixando de ser participante da mesa do Senhor para ser participante da mesa do demônio. (1 Co 10:21). Quem vende a sua primogenitura por um manjar, desconhece o Deus de Paulo que, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. (Fp 4:19) Quem troca a sua primogenitura, recuou e, aquele que recua, a alma de Deus já não tem prazer nele. (Hb 10:38) Quem vende a sua herança, assemelha-se ao filho pródigo, pois está trocando o útil pelo supérfluo, o eterno pelo momentâneo, as regalias pelas bolotas que os porcos comem.

Cristo, ao ensinar a oração do Pai-Nosso disse que, Deus sabe antes de pedirmos o que nos é necessário (Mateus 6:8).

Aquele que busca em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, jamais troca a sua herança por: credenciais, agendas, ofícios, cargos de diretoria, status, salários ou prebendas, pois sabe que, o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17).

Certa vez, um destes profanos, disse-me que, para conseguir chegar a pastor na sua denominação, eu teria que seguir o exemplo de Pedro que, no meio dos judeus era contra os gentios e, no meio dos gentios era contra os judeus, ou seja, no meio do povo, eu deveria ter uma postura e nos bastidores outra. O que aquele fornicador
não sabia era que, naquele momento, eu seria imitador de Paulo e não de Pedro. “... lhe resisti na cara, porque era repreensível”. (Gálatas 2:11) Como herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo, tenho que andar na luz como Cristo andou (1 Jo 2:6).

Para este e quaisquer outros lideres, quero deixar expresso a seguinte indignação: MINHA PRIMOGENITURA NÃO ESTÁ À VENDA! “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16:26).

O temor a Deus e a sensatez, não deixa escapar das nossas mãos a herança que Deus tem para as nossas vidas. A primogenitura é nossa e, foi por Cristo conquistada na cruz, portanto, sigamos o exemplo de Daniel que não trocou a sua herança pelas iguarias e pelo vinho do rei; aprendamos como Eliseu a não aceitar as oferendas
de Naamã e procedamos como o filho pródigo arrependido que, se levantou, abandonou o “guisado de lentilhas” e tomou posse novamente da sua herança...

Não venda a sua primogenitura.