16 de janeiro de 2014

Jesus, Paulo, João e Tiago – Radicalistas ou defensores da Verdade?


Desde o ano 2000, Há 14 anos, quando comecei a pregar o Evangelho e a escrever os meus primeiros sermões, assumi o compromisso com Deus de ser um despenseiro da GRAÇA e da VERDADE. Confiantemente, assentei no meu coração o propósito de NÃO pregar o que dá certo, mas, o que É certo!

Consequentemente, no decorrer dos anos, aprendi que “batalhar” pela fé cristã, ou ser um apologista (oriundo do grego apologia, “defesa”) além de ser desgastante é algo que inevitavelmente vai desapontar muitas pessoas; pois, algumas não estão interessadas numa explicação racional e bíblica; já outras, estão somente interessadas no que é importante para elas e não no que é a verdade.

Também com o passar dos anos, aprendi que um apologista da fé cristã, não consegue agradar nem mesmo a todos aqueles que se dizem “cristãos”, por isso, a apologética, acaba sendo depreciada e os apologistas bíblicos, no geral, são rotulados de radicalistas, divisores, invejosos, fundamentalistas, legalistas, “atiradores de pedra”, fariseus (no sentido pejorativo), etc.

Quando Paulo registrou que nos “últimos dias os tempos seriam trabalhosos” (2 Tm 3.1), será que ele imaginava que o mundo ocidental se tornaria pós-cristão? Será que o nobre apóstolo sabia que o Iluminismo, com sua marca de “livre pensamento” introduziria na igreja o fermento do secularismo? Será que ele imaginava que uma pessoa secularizada e relativista acreditaria tanto em Jesus Cristo quanto em fadas e duendes?

Será que o apóstolo dos gentios poderia imaginar que no século XXI, apenas 10% dos europeus seriam “cristãos praticantes”, embora a maioria sustente um rótulo de cristão? Será que ele também podia imaginar que os “crentes bereianos” quase entrariam em extinção na pós-modernidade?

Por falar em pós-modernidade, e caminhando um pouquinho mais na história do cristianismo, pergunto: - Será que os chamados “pais da igreja”, ou posteriormente os “reformadores”, que eram homens intelectuais, pensadores, apologistas e batalhadores da fé, imaginavam que no futuro, na “era do conhecimento”, os “cristãos” sofreriam tanto de miopia bíblica e cegueira espiritual?

Será? Será? Será?... Sei que são muitos os questionamentos, todavia, pretendo apenas tentar responder o primeiro deles, entrementes, aquele que deu origem a este texto: Será que Jesus, Paulo, João e Tiago eram radicalistas ou defensores da Verdade?

Serei prolixo, mas tenho que repetir que no “circulo gospel” pós-moderno, quem aponta erros doutrinários em livros, músicas, comportamentos e falas é acusado de “julgar”, “atirar a primeira pedra” e “implicar com o cisco no olho alheio”, além de ser taxado de divisor, invejoso, fundamentalista, legalista, fariseu e radicalista.

No inicio do meu ministério, fui bombardeado, chamado de invejoso e rotulado de fundamentalista religioso quando disse que era totalmente errado o inicio da música “Com muito louvor” que se tornou, em 1999 e 2000, uma febre nacional no meio pentecostal. A letra dizia o seguinte: “Deus não rejeita a oração, oração é alimento. Nunca vi um justo sem resposta, ou ficar no sofrimento”.

Pois é, a bíblia vai nos dizer outras coisas, vejamos:

1) Existem orações que Deus rejeita, ou seja, que ele não recebe e não ouve. (Salmo 66.18; 1 Pe 3.7)

2) Oração não é alimento, a Palavra que é alimento (Mateus 4.4)

3) O justo pode ficar sem resposta (HC 1:2, Salmo 22.1; MC 15.34) e,

4) O justo também pode ficar no sofrimento, e diga de passagem, por muito tempo. (basta-nos um exemplo Jó, que segundo fontes, sofreu aproximadamente 10 anos, mesmo Deus falando que ele era justo e temente).

Alguns anos depois, fui novamente bombardeado, chamado de fariseu, hipócrita e invejoso, simplesmente por afirmar, fundamentado na Bíblia, principalmente na doutrina da GRAÇA, que homem nenhum tem créditos com Deus! Ao contrário do que afirma um famoso pregador pentecostal em suas orações: “Senhor, se ainda tenho crédito contigo!”.

Fui chamado de radical, intransigente e legalista, por “batalhar pela fé” e dizer que “todos aqueles que acreditam ter crédito com Deus, se esqueceram de que para sermos justificados diante dEle, precisamos reconhecer o nosso estado lastimoso e a exemplo do publicano proferir: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. (Lucas 18: 13)

No ano de 2012, continue sendo massacrado por alguns, quando escrevi um artigo intitulado “Agora é só vitória – será?”, onde apontava os graves erros de uma música gospel cuja letra diz que “a prova acabou, a luta foi embora, agora é só vitória”.

Fui chamado de radicalista porque disse que “não dá mais para aguentar canções que só enfatizam bênçãos deixando de lado verdades contundentes que ensinam os cristãos a permanecerem firmes na fé, a encararem as tribulações, pois, através delas, nos importa entrar no reino de Deus”. (Atos 14.21-22)

Recentemente, fui novamente chamado, por alguns “irmãos”, de fariseu, legalista e radicalista pelo fato de combater e repudiar a participação de cantores gospel em novelas ou fazerem parcerias com músicos seculares. Sou legalista por dizer que “a tal "abertura" que a mídia televisiva e principalmente a "Rede Globo" vem dando aos "evangélicos", nada mais é do que um laço do passarinheiro”.

Estou sendo radical de mais, na opinião de alguns, por não concordar com alianças entre “justos” e ímpios! Por discordar em gênero, número e grau, de cantores gospel que fazem “participações especiais” em cd’s de músicos seculares e vice-versa.

Sou também fariseu por desaprovar a participação de dois cantores gospel em um programa de televisão onde o apresentador faz oferendas a Iemanjá e afirma que o nome do programa é Caldeirão, pois é a mistura do santo e do profano! É a Babel das religiões!

Sou fariseu e legalista em afirmar que no lugar de “juntos e misturados”, precisamos ser santos e separados! Sou fundamentalista religioso por acreditar que Deus ainda requer de nós santidade, separação e total rompimento com as trevas e com a roda dos escarnecedores.

Diante de tudo isso e de mais algumas coisas, que deixarei para outros textos, cheguei à conclusão de que Jesus, Paulo, João e Tiago também eram radicalistas! Se não, vejamos, ironicamente é claro:

Será que Cristo não foi “radical” ao extremo, ao expulsar da entrada do templo todos os que vendiam e compravam no templo? E intransigente demais ao derrubar as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas? (Mateus 21.12) – Será que o correto era não fazer nada? Se conformar? Afinal de contas, aquela prática não era o “ganha pão” de muitos? – Além do mais, a atitude de Cristo deve ter “escandalizado” os pequeninos!

Será que Ele não foi “radical” ao dizer para os doze: “Quereis vós também retirar-vos?” (João 6.67) – Será que o correto não seria “pegar mais leve”? Ou, fazer um discurso que massageasse o ego da multidão?

Será que o maior mestre de todos os tempos, não foi “radical” também ao dizer para o jovem rico: “falta-te uma coisa”? (Mc 10.21) - A Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo?” (Jo 3.7) – E aos discípulos: “que é difícil entrar um rico no reino dos céus?”. (Mateus 19.23)

Será que Cristo não “viajou na maionese”, sendo “radical e dogmático” ao afirmar que Ele era a Verdade? (Jo 14.6) – Ou será que Ele era coitadinho? Pois, não sabia que no pós-modernismo, no período da igreja chamado de “era gospel”, uma infinidade de “cristãos” se secularizariam, e para estes, não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo?

E o que dizer dos sete “Ais” que ele descarregou em cima dos doutores da lei em Mateus 23? Será que ele não pegou muito “pesado”? Afinal de contas, aqueles homens eram dizimistas, oravam, jejuavam e “guardavam a Torá”!

E quanto a Paulo?... Coitado, aos olhos de alguns crentes pós-modernos e acomodados, o grande apóstolo não passaria de um fariseu grotesco e “atirador de pedras”, principalmente, por citar que Demas havia se transformado num amante do mundo! (2 Tm 4.10) e, por declarar que havia entregue a Satanás: Himeneu e Alexandre, para que eles aprendessem a não blasfemar! Quanto julgamento não é mesmo? Quanto radicalismo, não acha?

Referente suas orientações nas epístolas, será que Paulo não errou ao rogar que “não devemos nos conformar com este mundo”? (Rm 12.2). Que não devemos também nos associar com aquele que “dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador”? (1 Co 5.11)

Quanto “legalismo” e quantos “tiros de pedra” dados por Paulo quando nos mandou afastar de:

“homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”.  (2 Tm 3. 2-5)

E o que dizer dos “jugos desiguais”? Das sociedades da justiça com a injustiça? Da comunhão entre luz e trevas? (2 Co 6.14) – Será que Paulo não sabia, que no “mundo gospel” está tudo liberado? Junto e misturado? E que nada tem problema? E que não há nada de errado, um cantor gospel convidar um “ímpio” para fazer participação “especial” em seu cd e vice-versa? E muito menos em um cantor gospel, gravar uma cena de novela, onde a Ceia do Senhor é profanada?

Oh! Paulo! Quanto radicalismo em dizer que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (1CO 6.12)

E concernente ao apóstolo do amor? Quanto “legalismo”! Quanta decepção!

Oh! João! Por que você tinha que dizer: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15) – Como pode o apóstolo “amado de Cristo” e pastor da igreja em Éfeso condenar quem ama novelas e realitys shows?

E o “radicalismo” não parou, ele também registrou:

Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras. (2 Jo 9-11)

Para finalizar a seleção dos “radicalistas e legalistas”, vejamos o que outro apóstolo disse:

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (TG 4:4)

Até tu Tiago! Como pode chamar um irmão de adúltero, só porque é amigo do mundo?  Que “exagero”! Que “radicalismo”! Que “farisaísmo”!

E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo para dizer de Pedro e de Judas, que dentre outras coisas, afirmaram “radicalmente” que “muitos seguiriam as suas dissoluções, blasfemando o caminho da verdade”. (2PE 2:2). E que seria nosso dever “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”. (Judas 3)

Pois bem, posso continuar sendo taxado de radical, fariseu e legalista, mas, a exemplo de Cristo, Paulo, João, Tiago, Pedro e Judas; vou continuar batalhando pela fé cristã! Não medirei esforços e não temerei as consequências para impedir que o verdadeiro Evangelho seja adulterado! E enquanto tiver folego, não cessarei de condenar, doa em quem doer, os jugos desiguais, as derrapadas do mundo gospel e os jargões equivocados dos pregadores sensacionalistas pós-modernos!

Encerro aqui, fazendo minhas, as palavras de Lutero: “A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus me ajude”.

12 de janeiro de 2014

Aline Barros, Ana Valadão, Fernanda Brum cantando em casamento Gay

Foi noticiado pelo portal NOTICIA GOSPEL, que o autor da novela "Amor a Vida", está negociando a participação de Aline Barros, Ana Paula Valadão e Fernanda Brum numa cena de casamento gay na reta final da referida novela, portanto, expresso nas próximas linhas a minha opinião sobre o assunto.



Quem já ouviu alguns de meus sermões, vai recordar que eu sempre disse que a tal "abertura" que a mídia televisiva e principalmente a "Rede Globo" vem dando aos "evangélicos", nada mais é do que um laço do passarinheiro.

O cantor Kléber Lucas, já caiu neste laço, agora vamos esperar para ver quem será: "A próxima vítima".

A questão não é ter ponto de vista diferente. o que realmente importa é a Palavra de Deus, que para nós, não é um ponto de vista, mas, a Verdade Absoluta! 

Não pode haver consenso entre luz e trevas. Aquele que é amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus! Tiago 4: 4.

Uma coisa é respeitarmos os direitos dos homossexuais, outra coisa é darmos as mãos é coadunarmos com eles. 

Se outro cantor, ou melhor, pop star gospel, aceitar participar desta imundícia profana, decaiu da graça, terá ganhado o mundo, mas, perdido a sua alma.

Chega de ficar calado! Falei e disse!