
A irmã Iraci Ribeiro do blog Administração do estresse, postou em meu blog o seguinte comentário:
Bem não sei bem se esse é lugar certo... mas misturar Deus com futebol...socoroooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!
"Não ameis o mundo e nem o que há no mundo... se alguém mesmo que for um pastor amar o que tem o mundo (e ama ao ponto de fazer disso assunto de seu blog)... o amor do pai não está NELE....
O MUNDO TEM SEU CURSO....e não definitivamente não estamos nele....
Sinto muito, não precisa publicar o comentário.. mesmo porque acho que não teria coragem de publicá-lo. Paz.
Prezada irmã Iraci,
Seu comentário, ou melhor seu desafio (já que você nem reservou espaço para saudações e, ainda duvidou da minha coragem de publicá-lo) chegou em boa hora, pois graças a Deus, um dos objetivos de meu blog está sendo alcançado: “trazer para debate temas que andam mexendo com a ‘espiritualidade’ de alguns”.
Em primeiro lugar, desejo paz sobre sua vida, e graça, aquele favor imerecido que recebemos de Deus.
Após ler e reler o seu comentário, visitei os seus ‘blogs’, e pude concluir que a irmã é uma jovem senhora afoita, querendo fazer, ou comentar algo, mas sem saber direito o quê e, como fazê-lo. Infelizmente, pude também concluir que em tão poucas linhas, a irmã cometeu vários erros, dentre os quais, quero destacar:
a. ERRO DE POSTAGEM
b. ERRO DE JUGAMENTOS PRÉCIPITADO
Quanto ao erro de postagem, a irmã disse: “Bem não sei bem se esse é lugar certo...”, pois é, não era o lugar certo. A irmã deveria ter postado o comentário no final do artigo: Livrai-nos da segunda divisão ou livrai-nos da superstição? e não no final da página, pois aquele artigo fala da diferença entre pastores e domadores, e não de futebol! entretanto este fato é irrelevante.
Quanto aos erros de julgamento, a irmã cometeu pelo menos três:
1. Acusou-me de misturar Deus com futebol:
2. Acusou-me de não ter o amor do Pai (erro hermenêutico)
3. Acusou-me de não ter coragem de publicar o seu comentário
A respeito de tais erros, vamos por parte:
Quem misturou Deus com o futebol foi o autor do livro que citei; creio que a irmã deveria ter lido todo o artigo antes de fazer estas observações infundadas e incoerentes. Foi ele e não eu que disse: “O resultado do jogo foi três a zero! Um gol para o Pai, um gol para o Filho e um gol para o Espírito Santo de Deus!”. E, “Para nós, o dia do jogo foi, com certeza, o dia em que o Senhor vestiu a camisa do nosso time!”
O fato de gostar do futebol, não significa que estou ‘amando’ o que está no mundo, além do mais, aprendi com a bíblia que tudo tem o seu tempo determinado, e assim como a tempo para orar, ler a bíblia, jejuar, etc, há tempo também para descansar, brincar com o meu filho e, porquê não, acompanhar uma partida de futebol pela televisão.
Querida irmã, pude observar no seu perfil (no blog Administração do Stress) que a senhora gosta de filmes, por isto, pergunto: - Qual a diferença entre assistir a um bom filme e acompanhar uma partida de futebol? Será que uma das coisas é mais santa do que a outra? Ou será que pelo simples fato de não gostar de futebol, a irmã condena e ‘coloca’ no inferno aqueles que gostam?
Amada, dizem que se conselho fosse bom, ninguém dava, mas vendia! No entanto, quero me atrever a lhe dar um: - Jogue este legalismo fora e siga a seguinte recomendação paulina: “O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come” - RM 14:3; contextualizando... se não gostas de futebol, não condene quem gosta. É muito feio e acima de tudo anticristão sair por ai jogando pedras e condenando pessoas a bel prazer, lembre-se do adágio: Você está em casa alheia, e na casa dos outros não devemos nos meter!
Infelizmente, a irmã não é a única que pensa assim; existem alguns círculos evangélicos que classificam a pratica de esportes como mundana. Os membros são proibidos de praticarem qualquer atividade lúdica. Para estes, qualquer entretenimento é taxado de carnal. O legalismo é tão cruel que desenvolve nos seus adeptos uma concepção rancorosa de Deus, um Ser que na verdade é um grande estraga-prazeres, que arbitrariamente nega e condena toda atividade divertida. Concernente a isto, veja o que o pr. Ricardo Gondim em seu livro É Proibido diz:
“Sei de muitos jovens que hoje vivem longe de suas igrejas e totalmente indiferentes à mensagem do evangelho porque sofreram exclusões e disciplinas públicas quando foram vistas usando calças compridas, um colar ou até mesmo brincos. Muitas vezes um jogo de futebol entre crianças ou soltar pipas ocasionam 45 minutos de repreensão do pastor. Em determinadas igrejas, raramente o sermão expõe a Bíblia, pois quase sempre começa com um versículo e acaba tratando do que pode e do que não pode. Alguns ficariam estarrecidos com o número de pessoas que sai pela porta dos fundos de suas igrejas, rejeitando e odiando o cristianismo, devido a esse rigor legalista sobre usos e costumes”...
Esse jugo pesado, quando não aliena, gera também uma outra excrescência: a hipocrisia. Existem muitos que se acomodam ao sistema religioso e mostram-se coerentes com as exigências do pastor somente quando estão na igreja. Longe da fiscalização religiosa, porém, vivem noutra realidade. Esse largo contingente de evangélicos conseguiu desenvolver uma duplicidade comportamental. Na esfera privada agem e convivem com mais liberdade, brincam e riem, vestem-se de acordo com as últimas novidades da moda. Mas, quando vão à igreja, passam por uma metamorfose impressionante. Assumem um ar mais grave. Agem dentro do ambiente religioso de acordo com os códigos impostos pela liderança, mas com revolta. A cada palavra dita no púlpito, haverá sempre um árduo exercício de decodificação. Como defesa, desprezam os sermões legalistas que ouvem. O jugo apregoado não lhes diz respeito. Vivem uma espécie de hipocrisia involuntária, que os agride”.
Portanto, Iraci, a irmã deveria ler mais a Bíblia, julgar menos e ler livros como:
- É Proibido: O que a Bíblia permite e a igreja proíbe – Ricardo Gondim
- Chega de Regras: Descubra a liberdade que há em Deus – Larry Crabb
- O Despertar da Graça – Charles R. Swindoll
- Como ser cristão sem ser religioso – Fritz Ridenour
Em segundo lugar, a irmã me acusou de não possuir o amor do Pai, e este, além de ter sido um erro de julgamento precipitado, é um erro gravíssimo de hermenêutica, pois o contexto deste texto faz menção à: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, e não a gostar ou não de algum lazer. Conseqüentemente, creio que a senhora deveria largar um pouco os livros de auto-ajuda e concentrar mais na essência da Palavra de Deus. E por falar em auto-ajuda, pude ver em seus blogs, que a irmã há mais de 18 anos ministra palestras nesta área, o que para mim é insignificante, pois os seres humanos não necessitam de auto-ajuda, mas sim, da ajuda do auto, todavia, isto é assunto para um outro artigo que estou escrevendo.
Finalmente, a irmã me acusou de não ter coragem em publicar o seu comentário, pois é, novamente a irmã errou, pois além de publicar estou lhe dando a devida replica. E por falar nisto, qualquer pessoa pode comentar meus artigos, tanto no blog, quanto no orkut, e isto sem passar por minha aprovação, ou seja, o comentário é publicado instantaneamente. Não fico bloqueando as mensagens que não gosto como alguns fazem. Gosto de ser elogiado, mas também gosto de ser confrontado, e quando sou, não fujo de um bom debate.
No mais,
Que a graça de Deus sempre superabunde em sua vida!
Pr. Sylas